29 de setembro de 2007

Projecção

Olho-te nos olhos, mas será que te vejo?
Sondo-te a alma, mas na verdade escapas-me!
Projecto as minhas imagens e iludo-me,
mas em todo o fumo há um fogo escondido,
em toda a verdade há uma mentira,
em toda a conversa surge um jogo...
Estamos frente a frente, fintamos-nos,
tu perguntas e eu respondo...
digo-te meia verdade, escondo-me de ti,
fujo do desejo, escondo-me em mim.
Eu digo e tu duvidas, tu falas,
mas não dizes o que sentes, duvido eu também.
Jogamos jogos... ou será que projecto?

Lost in exile

Perco-me nesta terra, vejo-me exilado deste sítio onde moro. Digo "Olá!" como quem diz "adeus", recebo um "tudo bem?" como quem diz "até amanhã"...
A distância ou se preferirem o tempo, faz-nos resignar às perguntas, à saudade das conversas passadas...
O que foi, deixou de ser e mesmo quando há um reencontro nada é o mesmo, mudamos, mutamos, seguimos em frente.
E quem sou eu para vos condenar por assim ser, a vida é como tudo o resto... arrasto-me até ao sofá e vejo a luz desaparecer, é tempo de continuar...

27 de setembro de 2007

30 minutos a ouvir isto -.-'


Que posso fazer gosto dos velhitos pistolas rosadas :D
Letra (pó karaoke)
Sick of this life
Not that you'd care
I'm not the only one with
whom these feelings I share

Nobody understands,
quite why we're here
We're searchin' for answers
That never appear

But maybe if I looked real hard I'd
I'd see your tryin' too
To understand this life,
That we're all goin' through
(Then when she said she was gonna like wreck my car...
I didn't know what to do)

Sometimes I feel like I'm beatin' a dead horse
An I don't know why you'd be bringin' me down
I'd like to think that our love's worth a tad more
It may sound funny but you'd think by now
I'd be smilin'
I guess some things never change
Never change

I met an old cowboy
I saw the look in his eyes
Somethin' tells me he's been here before
'Cause experience makes you wise
I was only a small child
When the thought first came to me
That I'm a son of a gun and the gun of a son
That brought back the devil in me

Sometimes I feel like I'm beatin' a dead horse
An I don't know why you'd be bringin' me down
I'd like to think that our love's worth a tad more
It may sound funny but you'd think by now
I'd be smilin'
I guess some things never change
Never change

I ain't quite what you'd call an old soul
Still wet behind the ears
I been around this track a couple o' times
But now the dust is startin' to clear
Oh yeah!!!

Sometimes I feel like I'm beatin' a dead horse
An I don't know why you'd be bringin' me down
I'd like to think that our love's worth a tad more
It may sound funny but you'd think by now
I'd be smilin'
Ooh yeah, I'd be smilin'
No way I'd be smilin'
Ooh smilin'

26 de setembro de 2007

O Vazio do Tártaro

Vou daqui por ali,
caminhando sem fim,
deambulando pelos teus recantos,
perco-me na distância que me dás.
Os meus passos silenciosos são calmos,
contemplo cada momento,
sinto cada suave tentativa,
não encontro a razão perco a lógica...
Esqueço a razão fico paranóico,
aborrece-me esquecer-te,
procuro-te em cada traço, em cada letra,
perco-me... que é isto que me dás?
sentido encontro, a dor eu vejo,
resigno-me a dar um passo, tropeço,
o caminho não é fácil, talvez impossível.
retiro-me, fecho-te a porta, não voltes mais...

Walking on the moon


a única coisa que fica na minha mente é great concert you guys rock!!!
o bom e velho rock com um toque de reggae e o Andy Summers na sua descontracção a tocar num das guitarras mais lindas que conheço

fender telecaster de 63, cujo dono anterior era o Eric Clapton... esse mesmo :D
o Clapton ficou com a Les Paul do Andy e o Andy com a Telecaster e quem ganhou fomos todos nós!
Até ao próximo concerto

24 de setembro de 2007

ELES VÊM CÁ!!!!!!

http://www.swallowthesun.net/2007/index.php?id=13
2.11.2007 Sala Culto Bar, Lisbon, Portugal
ou será no Seixal
http://myspace.com/cineteatrocorroios

METAL POWER \m/ estava a ver que nunca mais era dia de cá porém os pés!!!
BRUTALLLLLLLLLLLL!!!!!!!!!!




Finalmente o concerto que já devia ter acontecido :)

23 de setembro de 2007

Homem vs Religioso

Falo-vos agora de um tema polémico, pode se dizer que seja tabu ou que lhe queiram chamar. A verdade é que hoje em dia ser religioso é tabu, ser cristão, judeu, islâmico, significa ser se um idiota aos olhos da sociedade, pois acreditar em coisas que nunca se viu... oh meu amigo, tenha dó!
Não bastando vivermos numa comunidade científica onde dizer que Deus criou o mundo em 7 dias ou descendemos todos de Adão e Eva é motivo de riso, ainda existe todo o peso dos erros do passado associados à Igreja Católica e agora o terrorismo associado aos Islâmicos.
No meu ver tudo vem do conceito homem vs religioso, passando a explicar: a nossa primeira essência é a de um homem, nascemos ser humanos, depois tornamos-nos, ou não, religiosos. Sinto que a nossa primeira análise ao conceito religioso, deve passar por esta separação que me parece clara, assim formalizo que um homem ao incumbir a religião na sua vida se torna num homem + religião, que poderemos chamar de religioso, mas que nunca devemos esquecer como foi formado. Com isto quero exacerbar o facto de quando alguém diz eu sou religioso no meu ponto de visto, está a retirar a conotação de homem ou mulher, da sua vida remetendo-se ao fanatismo hipócrita que tanto vemos hoje em dia.
Vou falar mais da Igreja Católica por motivos óbvios, mas o que vejo é que certos elementos desta congregação são demasiado fanáticos para os tempos em que vivemos e pensam que isto ainda o mesmo que à 2000 anos atrás ou qualquer coisa parecida. Significando que tentam convencer as criancinhas que passam não sei quantas horas à frente da televisão que somos todos filhos de um só homem e uma só mulher! Esquecem-se que a Bíblia é um livro escrito por homens, para os homens de à 2000 anos! Também se esquecem do facto de que na Bíblia apenas existem 4 evangelhos, mas que na realidade apenas foram aprovados 4 dos demais que foram escritos na altura. Nem vou entrar por este ponto de verdades escondidas e mentiras reveladas, porque o que não falta é espaço para especular.
A Igreja é feita de homens e como tal, está sujeita a todos os defeitos do homem, mas as pessoas pensam que só porque esses mesmos homens estão associados à Igreja, que estes são especiais, perfeitos quase, que não falham como todos os outros. A verdade é que falham e muitas vezes até são bem piores que os demais, a única coisa que os separa é o arrependimento para com uma entidade superior reconhecida por eles. Para a sociedade isto não basta e com razão, dando vida à minha preposição de sermos primeiro homens, depois religiosos. Os religiosos puros são fanáticos, a meu ver, por diversas razões, primeiro, porque todos os ensinamentos são tomados como leis, dogmas, segundo, porque vivem para a religião como se tratasse de um status na sociedade, terceiro, esquecem as pessoas que estão à sua volta em nome de Deus, quando é exactamente ao contrário que deveria acontecer! Disse apenas 3, mas poderia dizer muitos mais...
Agora vamos analisar o que leva alguém à religião ou pelo menos tentar. Nascemos homens e morremos homens, mas algures pelo caminho sentimos a necessidade de colocar as perguntas "o que faço eu aqui?", "quando morrer para onde vou?", "serei só carne ou serei algo mais além?" e nesta busca ou nas manifestações do dia-a-dia surge a religião respondendo a estas perguntas e dando-lhes sentido. É claro que acreditar na resposta é uma questão de fé, de acreditar, de ver mais além daquilo que somos, mas mesmo com fé as dúvidas surgem e as respostas parecem-nos vazias. Quando acontece algo de bom foi milagre, quando ouve um sismo que mata milhares, foi uma prova de Deus... soa ridículo, mas é assim que muitas vezes as coisas são encaradas, daí a fé ser uma coisa difícil de compreender e de controlar, o homem é capaz de cometer os feitos mais heróicos e louváveis em seu nome, tal como os feitos mais desprezáveis e inumanos.
Depois olhamos à nossa volta e começamos a contar o número de religiões e sub-divisões que conhecemos: Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Catolicismo Apostólico, Protestante e Ortodoxo, Judaísmo e sei lá mais... a pergunta surge, mas afinal quantos deuses existem? Qual será o Deus certo? Será isto realmente real? A meu ver não existe tal coisa como o Deus certo, para mim existem conceitos e moralismos religiosos, que foram criados por homens em nome de um Deus. Se reparamos Deus falou sempre a um homem e nunca a vários homens ao mesmo tempo, por isso surge aqui outro dilema, temos dois ramos ou duas possibilidades, acreditamos no homem ou não acreditamos, a partir deste ponto passamos a acreditar em Deus também, mas depois surge outro homem que supostamente Deus também lhe falou e agora? Acreditamos nele, ou desconfiamos porque não foi a ele que o Deus em quem nós acreditamos falou primeiro, será que este homem está a falar a verdade ou apenas a tentar-nos subverter à sua vontade da maneira mais hipócrita possível. Assim vos digo desconfiem dos homens, subvertam a vida à vossa vontade e se acreditam numa entidade superior, estejam constantemente às "turras" com ela, não se deixem levar pela rotina e nunca se resignem às opiniões dos outros.
Quanto ao satanismo, só tenho uma coisa a dizer... algo que surge para ser o oposto de outra e que os seus fundamentos se concretizam em negar o que os outros dizem, tem pouco sentido e é vazio...
Duvido que algum Deus mande o Dalai Lama para o inferno, por isso o que conta é como vivemos a vida... tenho dito!

Happy?

Constraining my feelings, making me weak...
Crush my bones, you make me afraid to express myself. I try to break free from this cuffs, but it's hard to win this game.
Carved your brand in my skin, i feel this bloody mark... I try to release myself but then you appear...
What can i do? Where can i go? I feel lost, i feel empty, you destroy my core...
I have to break free from this destructive ways, i have to cut this ties to you... so i can be happy!

Letra
P.S.: isto sim é um baixista damn

22 de setembro de 2007

Música do dia


Don't give me names
You've got it all, you took it all away
Drove me insane
Who'd come down to earth, releasing me
Healing my wounds
so why don't you close the door when you're leaving me
now you'll run
running all the way back to me again

I'm not to end in shame
to fight an endless lie
I'm not to play a game
I won't be on your side

(I) found a way
to reach myself again but all I saw was shame
Drive me away
there's something deep in me waiting to escape
you think you know me
so why don't you close the door when you're here with me

I'm here to end the game
I'm living in a lie
it's hard to give the same
I won't be on your side

I'm not to end in shame
to fight an endless lie
I'm not to play a game
I won't be on your side

I loved you a lot
to need you a lot
I leave you alone...

20 de setembro de 2007

Pausa!?

Depois de muita discussão entre a administração, parece que a azafama finalmente findou. O "tipo" que escreveu os dois últimos textos foi despedido, encontramos mensagens subliminares satânicas, nesses mesmos textos, capazes de fazer o Bush chamar austríacos aos australianos.
Para o seu lugar vamos contratar um narcisista conformado que pesa 200 quilos e canta "o meu macaco gosta de bananas" quando arrota... O.o Bem que parvoeira, agora falando mais a sério, dentro do possível, tenho de arranjar uns temas engraçados e reler aqui uns livros que tenho. Significa que haverá uma pausa na secção de "Teorias ao vento", provavelmente aparecerão mais "Regurgitações" devido à necessidade de escrever por escrever.
Quanto a vós... não sei, mas eu vou dormir.

P.S.: A administração agradece aos utilizadores falhada e machacaz, por não terem mais que fazer e comentarem. Desde já um mui nobre agradecimento, quanto aos outros...

19 de setembro de 2007

Prendo-me

Liberdade sã e poderosa que me deixa correr livre e sem destino. Não tenho direcção sou livre, mas sem ter rumo ando à deriva, perdido sem sentido. Sinto-me perder nesta vertigem, necessito de estar preso, de ter algo a que me agarrar, de ter alguém para me amparar quando cair. A liberdade é bonita, mas não chega, temos necessidades sociais, necessidades humanas. Queremos um objectivo, e se realmente fossemos livres, tal estado não seria necessário. Concluo que somos semi-livres, podemos mandar tudo para trás, mas só se for para rumar noutro sentido, para perseguir outros mares. No fundo, estou confuso, quero ser livre, mas não quero naufragar...

Liberto-me

Sinto-me preso, acorrentado a esta tentativa inquietante, que se entranha em mim. Esta fugaz e fugidia esperança que me tenta seduzir, mas que com o tempo irei descobrir se irá ser um pesadelo ou um paraíso. Paro repenso, estimo, desconcentro-me e perco a calma, enervo-me e discuto.
Mas o tempo já passou e eis o que ele me ensinou: liberta-te e morre a cada momento livre das amarras que te sufocam, por mais belas e contemplativas que elas possam ser só te fazem mal. São te nefastas, tornam-te doente, leproso, tuberculoso, animal e à tua volta olham-te com olhos "reprovativos". Vês-te frente a frente com Kerberos e queres passar, mas ainda te debates se ele está de olhos abertos ou fechados... dá um passo em frente para ti, deixa os outros onde eles sempre estiveram... No fundo, sentes receio, mas o que lá vai lá vai e já foi feito, não pode ser alterado por nenhuma força superior e devo-me submeter à minha condição humana remetendo-me ao caminho que está à minha frente... caminharei... sem sentido

17 de setembro de 2007

Fart music?!

Bem já tinha mostrado isto a um amigo meu, agora deixo aqui a versão "fart" da Trooper dos Iron Maiden e a versão original... primeiro vem o riso, depois o espanto :D
Fart Version:


Iron Maiden version:

Férias no México

Depois das férias no México, a administração resolveu reforçar a ideia de que tudo o que é escrito neste blog de real tem pouco, nem mesmo a pessoa a tocar guitarra é real... É uma marioneta ainda em calibração :D

Foi nestas mesmas férias que vimos o tal "alien", experiência que teve tanto de interessante como ir à casa de banho e ver as poias a boiar!

Agora aproveito para discriminar o sistema de "post-it":
- A administração: como o nome indica eu, enquanto gerente desta pocilga.
- Curiosidades: coisas que encontro na net e acho interessantes, sem serem na verdade interesses meus.
- Interesses: tudo o que me interessa, como música, livros, filmes e afins.
- Regurgitação: tudo o que vêm de dentro de mim e necessita de ser reprocessado de novo para se tornar numa teoria com pés e cabeça.
- Teorias ao vento: o ponto fulcral do meu blog. Uma teoria com algum fundamento, que escorre da fonte à foz guiada pelo rio do meu pensamento, sem barragens, nem diques.

E agora despeço com votos de boas entradas para as aulas e bom trabalho...

16 de setembro de 2007

Teste de video

Gravado numa tarde de má disposição com menos uma corda na guitarra... e com a minha voz de rouxinol e a boa qualidade da máquina fotográfica saiu isto:

Não nasci para a música, mas a música nasceu para mim!

Derrame visceral


Sinto-me anémico, polémico, sem saber o que fazer perante a estranheza desta situação. As palavras que ouço, as que digo, as que trocamos, perturbam-me.
Tudo faz sentido, mas apenas o faz porque parte de mim assim o vê, sinto-me fragmentado. Recolho um membro da sarjeta e repenso, talvez vislumbre aquilo que não existe; nego aquilo que desconfio ser. Inebriado pela minha solidão empolgo-me, talvez não esteja preparado para sentir de novo, talvez precise de mais tempo para desfalecer lentamente...
Perco-me no meu próprio monólogo errante, mas no fim estou dilacerado. Sinto uma ferida profunda a reabrir, uma nova lâmina a me perfurar e no fundo pergunto-me para quê?
Que razão se esconderá por trás disto? Vendo que o que imagino, o que sonho, o que tento negar, por não querer sofrer, por ter perdido vontade de sentir, é impossível sem o fim do teu eclipse...
Lua, feiticeira do meu olhar, fazes-me querer voar para lá de mim, ser mais forte, mas também me assustas, também me fazes cobarde, velhaco e tornas meu corpo inócuo. Apenas me resta o tempo, que no fundo é distância, talvez daqui a 6km saiba o que sentes, ou aquilo que dizes sentir e depois caberá a mim acreditar nas tuas palavras ou desconfiar dos teus sinais.
Quem sou eu afinal no teu mundo ébrio e desolado no qual escreves os teus versos de mel e fel? Serei eu Hefesto ou Ares, qual escolherás Afrodite?!O certo e o errado, o bem e o mal, a verdade e a mentira, tudo se conjuga, tudo se baralha, mas no fim tudo irá se revelar...

15 de setembro de 2007

Poucos comments nos ultimos tempos

Pois é, parece que ninguem comenta... ou seja, ninguém encontra ponta por onde se pegue neste submundo do "avacalhanço" que crio ultimamente. Como diz o outro temos pena, sendo assim fico feliz porque quer dizer que ninguém me compreende na mesma ^_^ ou então ignoram-me... na mesma! Seja como for a administração agradece aos leitores pelo vazio dos comentários.
Um grande "hajam bem"

Alien fotografado 4 vezes

A única coisa que posso dizer é que finalmente consegui tirar uma foto duma forma de vida não-terrestre...


À pessoas que pura e simplesmente existem para ser estranhas, para destoar no mundo do conformismo... e depois à outras que são apenas idiotas :D

14 de setembro de 2007

Raging bullet

Raging bullet goes through my heart makes my pain disappear. Turns my love to anger, I rebel then I retaliate against you for tearing me. I have missed me and now I pay my dues, but reality will tell the truth of what was not. No use running from myself to ease the pain, enough thinking I have nothing to gein. Time to give some of the pain back, time to share, time to say what I fell regardless of you or anyone else. "What you save is what you lose out in the end", no more losing time to tell you the truth time to face ourselfs no more hiding from people. No? Why not? Don't tell me you can't feel me? Or maybe you can't even feel yourself, then it is doomed, then it wasn't only me who missed. What the hell? The truth is there can't you tell?! Answer me, don't lie. I can smell your hypocrisy, you're a two faced maggot with no respect for yourself and I will make you respect me.
My words are mine to suffer but my hands are here to smother you! Never ending termoil I find my self grasping at an ever escaping thought... a ray of radioactive heat burns my deep skin, nurters my rage... makes me grow deep, now I can see I have nothing to GEIN!!!
P.S.: Li de novo e a única coisa que posso dizer é... Tinha de fazer tempo para ir sair agora lol

Losing track of time

Os anos passam, as emoções mudam, o nosso ambiente muta. Passamos do regime de secundário, à dieta da faculdade e o tempo escasseia, escorre-nos pelos dedos...
A única coisa que nos resta é a nostalgia, daquilo que foi e o olhar em frente e ansiar por mais!
Estou um pouco embriagado em mim próprio, contorcendo-me nas minhas entranhas relembro tudo o que já fui... tudo o que deixei de ser... e pergunto-me se conseguirei voltar a ter o que perdi em mim, ou se me devo resignar e seguir em frente pelo melhor e pelo pior.
Porque estou eu assim? Simples, estou a ouvir música que me marcou que me fez ver mais à frente daquilo que eu era e não consigo deixar de pensar, se poderá fazê-lo de novo. Numa coisa resultou, sinto-me mais relaxado, consigo libertar parte da minha carga emocional... Quem canta seus males espanta e os meus fantasmas também me cansam.
Sinto-me livre... i'm with everyone and yet not

12 de setembro de 2007

Curta Metragem - Abraça-me

Bem hoje um amigo meu mostrou-me a sua curta e sinceramente curti, por isso resolvi compartilhar com os demais.
Aqui fica...


"Abraça-me"

Realização, Edição e Musica:
Miguel Santos

Narração: Bruno Gomes

Zé: Camolas
Rui "Fitas": Beco
Sílvia: Edite

7 de setembro de 2007

As palavras que escrevo

Será que as palavras que escrevo definem o que eu sou ou são apenas vítimas do meu estado circunstancial do momento. Mas este estado circunstancial do momento não dependerá um pouco da minha própria manifestação? E se depende em que proporção? Com que intensidade? De que mais dependerá?
Uma resposta óbvia e simples será: "depende do contexto". Parece-me óbvio, mas não será antes da avaliação que fazemos desse contexto. Então as palavras que escrevo são vítimas da minha percepção momentânea que é influenciada pelo meu ser e pelas minhas experiências.
Mas por que vim falar de palavras? Simples, vivemos no mundo em que cada vez mais a palavra escrita ganha força. Não porque lemos mais livros, mas sim porque a comunicação quotidiana é feito por sms, ims (msn, gtalk, icq, skype, irc, xfire, etc.) e por e-mail, em vez da corriqueira conversa no café ou na esquina. Culpamos a falta de tempo, o mudar dos tempos e a distância/comodidade. Mas não estou aqui para atribuir culpas.
Como diria o Saint-Exupéry "Language is the source of misunderstandings." e a escrita ainda mais, pois as expressões faciais e corporais revelam-nos o tom da conversa.
Quantas vezes damos por nós a escrever uma frase que achamos querer significar uma coisa que para outra pessoa lhe passa "ao lado", não lhe diz nada, ou então tem um significado adverso do por nós escolhido.
"É a falar que agente se entende" e mesmo assim às vezes as coisas não correm bem.
Como diria o Nietzsche "há camaradagem: pudesse haver também amizade", as palavras nunca ficariam sozinhas, por se explicar... não seriam vítimas!
Life has taught us that love does not consist in gazing at each other, but in looking outward together in the same direction. - Saint-Exupéry

Existencialismo...?


Bem o objectivo era tentar explicar e falar sobre existencialismo... Mas não tenho paciência para deambulamentos, então resolvi apenas agarrar num livrito e citar umas frases:
"há pelos menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por um conceito, ou, como diz Heidegger, a «realidade humana»."
Se acham que isto é pouco esclarecedor ou que levanta algumas questões é verdade, a primeira vêm da definição de existência. Existência pode ser o existir, o ser existente, como defende Sartre, ou o "estar-fora-de-si", o "ser aí", manifestar-se como define Heidegger. Aparece-nos logo aqui a primeira barreira, que choca com a definição de "essência" o manifestar-se.
Heidegger defende que na existência implica-se a sua essência, porque é nesse "estar fora" que constituí o que o define, vamos a ver se entendemos isto bem: a existência, o estar fora de mim, precede a essência, a minha manifestação. Sendo assim, existo antes de ser ou o homem realiza-se realizando-se no próprio acto de realização!?
Já é o suficiente para nos levar a reflectir... As citações são do livro "O existencialismo é um humanismo" do Jean-Paul Sartre e do Vergílio Ferreira.
Outra coisa a ter em mente é que o existencialismo é uma coisa pessoal e privada, não fica bem a ninguém dizer eu sou existencialista, um pouco ridículo a meu ver. O que nos leva a pensar é o gosto de investigar e questionar... não é um manifesto político, nem uma doutrina.

5 de setembro de 2007

Não sei te levo a sério (soneto burro)


"Não sei se te levo a sério,
se te dou uma bofetada!
As tuas palavras agoniam-me,
vou te dar uma patada!

Poema de escárnio e brutidade,
este, que escrevo sem parar.
Continuando com intensidade,
esta burrice pegada, estou a anhar.

O teu sorriso oco persegue-me,
enfio-te uma rolha na boca
porque assim ninguém te entede.

Se acham que isto é mau?
eu concordo com esse pensamento,
que poema horrível, que tormento..."

Às vezes assusto-me a mim próprio...
e vocês?

3 de setembro de 2007

Espasmo Corporal


"My body shakes, my legs shiver,
my feet are cold, i feel a fever!
No one can save my entity,
from the disease in me,
no one can tell my anxiety,
to stop and relinquish controlling me!"
Sinto um espasmo, uma contracção dos meu músculos,
uma atrofia que me convalesce, me tolda os sentidos.
E paro, descanso, olho em meu redor e vislumbro... Recupero forças e ergo-me.
Deambulo pelas ruas, tento me manter direito, não consigo!
Sento-me na borda do passeio e que vejo? O meu reflexo na poça daquilo que se bebe.
Esfrego a cara, abro os olhos e penso... Desisto de pensar, pois atormenta-me. Ergo-me de novo, mantenho-me afastado do meio da via... Tento me equilibrar nas paredes, nos postes, nos candeeiros...
Ainda estou perdido. Desloco-me movido pela inercia, pelo movimento uniforme das minhas pernas, pelo giroscópio dos meus ouvidos e sinto, mas não me encontro.
Vislumbro ao fundo uma luz, um acenar, um sorriso... Em fim cheguei, em breve irei descansar... mas continuo perdido, desalinhado, estou enfastiado e finalmente em meu quarto me vejo.
Nas minhas paredes brancas perco noção do tempo. Sento-me e depois deito-me. O meu corpo ainda dorido, me relembra constantemente a dor. Pestanejo, desligo a luz, fecho o meu livro e ponho um ponto final neste texto.

Diarreia Mental


Sento-me e atormento-me ao pensar e ao sentir-me perdido no universo imenso.
Vivo submerso no afastamento da vida, na análise da morte no contemplar, que não vivemos, que apenas morremos, que na vida pouco há mais que morrer.
Nefasto, nevrálgico o meu corpo frágil ecoa toda a minha solidão, todo o meu ser que morre sem saber para onde vai, nem o que aqui faz.
Decadente bebo mais um copo de vinho sinto cada golo, cada gota que caí na minha garganta... como é bom a tormenta, o desespero faz-me quebrar o gelo e concretizar um pouco mais a noção da vida, da morte, do pensamento que o é e o deixa de ser no mesmo momento.
O tédio, a inocuidade da minha vida, ou será da minha morte? Mas na verdade não penseis vós que vejo na morte uma meta a atingir, como se duma corrida de velocidade falasse... Jamais o poderia fazer, tal seria um acto de cobardia que nem mesmo eu seria capaz de cometer!
Sento-me e desvaneço, o meu corpo jaz imóvel, mas eu não estou lá. Rodopio por entre cortinas de fumo, danças de fogo, perco-me por entre a selva de luzes, não me consigo encontrar, afundo-me...
Tudo isto que sinto não é nada, é apenas mais um pouco de mim, apenas uma parte das milhares que eu sou e que reagem a milhões de sensações captadas pelo os meus cinco sentidos... no fundo resigno-me e deixo-me acolher no leito da maldita...
Por fim meu corpo cede, minha mente descansa e eu pernoito...