31 de dezembro de 2010

Quakening


Deixa-me acordar,
pernoitar entre a maré do que chegou, do que partiu,
do que foi arrastado, do que não sentiu.
Senão me vês que sorte, senão me sentes como te entendo, apenas quero partir...
Livre, sou eu, aceita o que te dou e não aquilo que queres de mim,
a vida ensina-nos a sermos mais...
Eu quero ser um pouco menos, mais simples, mais eu, quero nadar neste mar sozinho...

22 de dezembro de 2010

Adeus


Adeus tristeza, até depois
Chamo-te triste por sentir que entre os dois
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar


Quando o tempo passa fica o vazio, mais um que parte entre tantos, no vestígio do ultimo raio de Sol entre as primeiras gotas de chuva que agora começa. Marca o fim do início e o início de outro fim, és só mais um que parte, para não regressar, enquanto outros chegam e aguardam a sua vez para arriscarem a geada desta madrugada que se avizinha. Afinal a casa nunca está ocupada, apenas vaga de vez em quando, a tristeza chega, mas parte da mesma forma, serena, com a qual me deleitou e fico ali sozinho, até me levantar para ir fazer algo da vida, que sonhar é coisa da crise.