14 de março de 2010

Quietly

Um dia passa, um desejo fica, uma sensação turva do que foi do que será. No fundo, não foi banal, não foi um momento mau, pelo contrário foi belo, simples, sorridente, cúmplice, mais do que esperava que fosse... Mas no fim, pergunto-me eu, que fica? Que perdura, a sensação de que há mais caminho a percorrer, ou de que este já foi percorrido e o destino foi interrompido pela tesoura do nada. Num momento de possível loucura procura de novo a tua voz, ouço-a e percorremos novos caminhos por mais uns momentos antes de por fim irmos pernoitar... No fim fica a promessa do amanhã, vivermos outro dia, outros momentos.
Quando acordo, trabalho, a vida assim fez com que isso acontecesse, mas depois vimos nós e seguimos para o nosso recanto, onde ninguém nos vê, onde podemos saltar, gritar, dançar, fazer figuras parvas e rirmos porque assim somos mais nós. Mas como, o fim vêm, e como sempre como uma navalha corta-me ao meio, volta a dúvida, a incógnita do que será, pergunto-me se devo forçar a resposta ou esperar pela pergunta, porque acho que tenho medo, tenho receio, de não ser boa, mas será que adiar faz alguma diferença? Não sei, se fosse assim tão simples estaria mais calmo, se já tivesse percebido por entre as tuas linhas a frase direita estaria muito mais seguro do caminho que aí vem... Mas não estou, resta-me viver mais um dia esperar por mais um momento, que venha e nos leve a sermos mais, a transcendermos-nos, a sorrirmos e a abraçarmos-nos porque assim somos...

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