Todos os dias acordo ao som da minha voz, descubro nos lençóis a verdade que se esconde na noite fria, o desejo que se revela no abismo do meu ser... sofrer, prazer, mistura triste que co-habita nesta cama fria, que se torna morna com a minha presença solitária. Com este meu triste ser que melancolicamente se debilita, nesta depressiva necessidade... de ser, de ter, de imaginar... e derivar na tormenta do tempo... Escondido do mundo, um fantasma andante, que não sabe para onde caminha, apenas que caminha perdido na multidão que se espezinha. Não vejo rumo por entre a névoa, não vejo vida no meu ser, não vejo, cego-me... cego-me e sigo, cego-me e perco-me no labirinto, quebro os seus muros, dou comigo à beira do abismo. O precipício é enorme o salto ainda maior, mas não temo salto e caio...
P.S.:iniciado em 19-10-2007 18h17
1 comentário:
A última frase é bruta... o que andas a tomar?
"O precipício é enorme o salto ainda maior, mas não temo salto e caio..." - Ah... estás a escrever sobre ti ou sobre mim? Isto sou eu... ;-)
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