1 de outubro de 2010

Ao som da estuque... Linda Martini!


Daniel Abrantes says (17:30):
consigo lentamente concentrar todas as energias negativas num ponto, num momento meu, em que contemplo o tempo que escorre por entre as maos... até ao ponto em que a barragem não sustém mais toda a energia concentrada naquele momento meu, naquele repentino acumular de dor, de tristeza, e rebenta, largando as águas em fúria por todo o vale que está a meus pés. Enterro-me lentamente na lama por ela produzida. Em breve todo o meu corpo estará coberta, mas acalmo, sinto tudo à minha volta. O passado, o presente, o futuro que construo em mim, percebo que tudo renasce, que eu posso sonhar sempre, por fim sorrio. Quando olho à minha volta, não há lama, apenas a lembrança de terras que escoaram por entre o pomar, onde colho agora os frutos maduros do meu amadurecimento.

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