19 de junho de 2013

The road

Dou um passo em frente, a minha perna sente o peso do meu corpo na estrada, o peso de cada pensamento que percorre a minha mente esmaga o meu coração vazio de sentimentos, sou uma concha vazia do meu ser... Quem sou eu agora? Que faço eu aqui? Para onde caminho? Qual o sentido de isto tudo? Se vamos todos morrer no fim... Se quando desaparecer nada fica... por mais que algum tempo, somos seres temporais, a nossa vida não é nossa, foi nos alugada, que sentido tem desperdiça-la em algo que não queremos para nós? Mas para viver há que comer, há que ter dinheiro, há que conviver numa sociedade com regras e agressões que nos debilitam a cada momento... Há que sofrer, há que experimentar a dor para saber dar valor aos Verões quentes, aos cruzar de olhos, às palavras que atiro ao vento, ao sorriso de estranhos que passam por mim na rua... Perco-me de palavras por não encontrar alimento para a angústia que cresce em mim, daqui a 15 anos quando te reler que pensarei? Que terei atingido na vida? Espero ser mais do que sou agora... ao menos isso...

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