18 de junho de 2013

Liberta-te...

Todos os momentos em que pensei sorrir, chorar, descansar o meu corpo algures, fogem agora de mim, não porque me tenha perdido, não porque tenha encontrado a felicidade, mas sim porque encontrei a vontade de me perder. Encontrei uma força que me empurra para o abismo, que me diz que no risco há recompensa, que na eventualidade da dor pode haver algo de bom a crescer! Estar a arriscar trocar uma dor por outra, podendo ser feliz no processo, é aliciante, poder sonhar, poder colar as asas com cera e voar para o Sol. Ser eu próprio e nunca negar o sentir, o viver, o chorar, o enternecer, o ansiar, a angústia que me contamina, mas que encontra a calma no som, na voz, no tocar entre distâncias e tempos. Perder a oportunidade de novo seria demasiado doloroso, não lutar, desistir, deixar fugir, para depois perceber que é demasiado importante para conseguir continuar sem algum tipo de lesão que me fará coxear para sempre. Sim, tento controlar tudo o que faço, penso e repenso no que dizer, no que fazer, vivo sonhado com os momentos, com o resultado das minhas acções, mas a verdade é que nem os meus sentimentos controlo. Não controlo nada e tudo me controla, tudo me faz ver sentimentos, emoções, desejos, certezas não as tenho, diria antes que são convicções, mas a verdade, por mais que custe, é que quando estou no momento não tenho dúvidas, sou todo certezas, sou todo medo, sou todo cobarde, espero poder dizer que era, que arrisquei que ganhei essa batalha, independentemente da guerra.

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