5 de julho de 2008

Invisível

Tornei-me invisível num instante, num momento passei do concreto ao abstracto sem contemplar o processo que ocorreu pelo meio. Deixei de ser visto, de ser sentido, passei a ser um fantasma que deambula pela rua à espera de conseguir embater contra alguém ou algo, para se sentir vivo. Nem resposta mereço, nem uma palavra, nem um conforto amigo, pois ao invisível está reservada a solidão e o exílio. Não direi triste da minha sorte, também não direi que sorte a minha, sou quem sou e cheguei onde cheguei através disso. Só gostava poder ser mais simples, só queria menos distância e mais camaradagem, uma resposta em vez da indiferença. A minha única tristeza é ter a falsa esperança que as pessoas vão reagir à minha maneira, como eu o percepciono, mas somos humanos não máquinas. Talvez um dia perceba, talvez um dia o diga, não dou sermões, guardo tudo para mim, mas não sou mais rico por isso. No fim de contas as ideias são vagas, os caminhos muitos, mas eu continuo aqui sozinho invisível perante tudo... Escondo-me de novo...

1 comentário:

jmachacaz disse...

deixa crescer a barba... arranja um lenço e mete à volta do pescoço...
vamos para a palestina, explodímos com uns quantos israelitas e daqui a uns anos andam moços a idolatrar-nos usando lenços iguais aos que usamos!

quanto ao resto... hamburger de volta ao TÊ!!!

quero gelado!
e tens razão no que escreves!