Segundo os Ornatos e claro o Manel, "o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura". Hoje vinha no autocarro a pensar nisto e chego à conclusão que uma doença pode ter cura, será que o amor não é antes uma droga?
Analisando a possibilidade de ser uma doença, é bem sabido que uma doença apresenta sintomas, até aqui está tudo bem. Uma doença que não tenha cura tem tratamento ou qualquer meio de aliviar a dor, ora bem existem pessoas que mergulham no gelado ou noutro tipo de comida qualquer, é um alívio momentâneo. Uma doença pode ser contagiosa, o amor pode contagiar os outros... As doenças podem levar a ataques de ansiedade e outro tipo de tormentos do foro psicológico, tal como o amor. Começo a ficar sem espaço de manobra, quando estamos doentes vamos ao médico, no amor há médico? Penso que a diferença mais profunda que encontro é quando ficamos curados ficamos felizes, quando o amor acaba ficamos na merda... E claro podemos morrer por uma doença, por amor só morre quem não bate os 5 bem batidos.Agora a teoria da droga. O consumo de droga altera o nosso estado de espírito, faz-nos alucinar, rir e chorar, até aqui acho que tudo bem. Desejamos todos os dias pela próxima "trip", acho que no amor é o mesmo. Somos capazes de fazer tudo, até arrumar carros, no caso do amor, percorremos quilómetros, derrubamos preconceitos... Talvez a parte inicial seja mais parecida como uma doença, pois existem sintomas, enquanto a droga é uma acto pensado, o amor acontece, uma doença também. No entanto, o amor é algo de novo que entra na nossa vida, a droga também o pode ser. E quando acaba? Chama-se ressaca e penso que aqui a teoria da droga é muito mais aplicável.
Não obstante, talvez me fique com "amor é prosa, sexo é poesia"... E claro o amor pode ser aquilo que quiserem que seja...
Disclaimer: Se estiverem apaixonados e começarem a tomar comprimidos à espero que fiquem curados ou se começarem a tomar drogas por que querem sentir amor, não poderei ser responsabilizado por isso! Não quero ser processado por um americano qualquer, ainda por cima agora que tão a ficar cada vez mais tesos... :D
P.S.: No outro dia lembrei-me do Brian Ferry =) groovy
8 comentários:
Venho por este meio propor á Administração que gere este blogo que se faça uma sondagem acerca deste tema. Acho que se impõe.
Mais informo que o meu voto vai para *rufam tambores dentro da minha cabeça desiquilibrada*: DROGA.
De salientar que cheguei a esta conclusão após uns bons 2 segundos de reflexão.
Por acaso já pensei bastante sobre o assunto e, se bem que de uma forma muito mais complexa do que isso, o amor é uma forma de desordem obcessivo-compulsiva, aplicada a um objecto de cada vez.
Hmm... talvez passe com mescalina...
Essa de ser um desordem obsessivo-compulsiva pôs-me a pensar, mas não fico assim tão obsessivo como isso... digo eu :)
humm crystal meth... talvez...
"Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?" Miguel Esteves Cardoso
Regarding your previous comment, I woould't be able to say it better myself.
dá que pensar não é? 0.o
"o desequilíbrio!" Ehehe dá que pensar realmente...
Hmm, pensa bem... achas mesmo que não acusas a parte do obsessivo?
Eu acuso. É cansativo!
primeiro vem o cansaço, depois a frustração pela falta de controlo... sei bem do que falas =| ou em parte reconheço-o...
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