30 de janeiro de 2008

Frase e Texto do dia

"Mas locais perfeitos não existem.É por noites como a de ontem que continuo a acreditar na verdadeira amizade e na perfeição de momentos pouco combinados. Afinal quando estamos mesmo a precisar de apanhar sol por dentro, o inesperado calor da lua enche-nos de sol!" by Vanity

"“Um só me assedia sempre excessivamente (assim pensa o solitário). Um sempre acaba por fazer dois!”

“Eu e Mim estão sempre em conversações incessantes. Como se poderia suportar isto se não houvesse um amigo?

Para o solitário o amigo é sempre o terceiro; o terceiro é a válvula que impede a conservação dos outros dois de se abismarem nas profundidades.

Ai! Existem demasiadas profundidades para todos os solitários. Por isso aspiram a um amigo e à sua altura.

A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos. O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.

E frequentemente, como a amizade, apenas se quer saltar por cima da inveja. E frequentemente atacamos e criamos inimigos para ocultar que nós mesmos somos atacáveis.

“Sê ao menos meu inimigo!” — Assim, fala o verdadeiro respeito, o que se não atreve a solicitar a amizade.

Se se quiser ter um amigo, é preciso também guerrear por ele; e para guerrear é mister poder ser inimigo.

É preciso honrar no amigo o inimigo. Podes aproximar-te do teu amigo sem passar para o seu bando?

No amigo deve ver-se o melhor inimigo. Deves ser a glória do teu amigo, entregares-te a ele tal qual és? Pois é por isso que te manda para o demónio!

O que se não recata, escandaliza. “Deveis temer a mudez! Sim; se fosseis deuses, então poderíeis envergonhar-vos dos vossos vestidos”.

Nunca te adornarás demais para o teu amigo, porque deves ser para ele uma seta e também um anelo para o Super-homem.

Já viste dormir o teu amigo para saberes como és? Qual é, então, a cara do teu amigo? É a tua própria cara num espelho tosco e imperfeito.

Já viste dormir o teu amigo? Não te assombrou o seu aspecto? Ò! meu amigo; o homem deve ser superado!

O amigo deve ser mestre na adivinhação e no silêncio: não deves querer ver tudo. O teu sono deve revelar-te o que faz o teu amigo durante a vigília.

Seja a tua compaixão uma adivinhação: é mister que, primeiro que tudo, saibas se o teu amigo quer compaixão.

Talvez em ti lhe agradem os olhos altivos e a contemplação da eternidade.

Oculte-se a compaixão com o amigo sob uma rude certeza.

Serás tu para o teu amigo ar puro e solidão, pão e medicina? Há quem não possa desatar as suas próprias cadeias, e todavia seja salvador do amigo.

És escravo? Então não podes ser amigo.

És tirano? Então não podes ter amigos.

Há demasiado tempo que se ocultavam na mulher um escravo e um tirano. Por isso a mulher ainda não é capaz de amizade; apenas conhece o amor.

No amor da mulher há injustiça e cegueira para tudo quanto não ama. E mesmo o amor, reflexo da mulher, oculta sempre, a par da luz, a surpresa, o raio da noite.

A mulher ainda não é capaz de amizade: as mulheres continuam sendo gatas e pássaros. Ou, melhor, vacas.

A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós homens: qual de vós outros é, porventura, capaz de amizade?

Ai, homens! que pobreza e avareza a da vossa alma! Quando vós outros dais a vossos amigos eu quero dar também aos meus inimigos sem me tornar mais pobre por isso.

Haja camaradagem. Haja amizade.”

Assim falava Zaratustra."


by Friedrich Nietzsche

P.S.: O texto de Nietzsche contém erros ou adulterações em relação à versão que tenho da Europa-América, também está em brasileiro, digo isso porque tinha coisas como: "Ô" e ü.

29 de janeiro de 2008

Tuesday's grey

Já diziam os The Cure, mas hoje é diferente, hoje levantei o cu da cama e vim fazer alguma coisa pela vida. A pergunta que fica é será que fiz assim tanto? Não fiz o suficiente, mas é um sinal, agora é continuar até dia 6, a não ser que hoje ao sair a nota se dê um milagre... É bom sonhar, mas sou realista. Let's hope I reach friday ;)

28 de janeiro de 2008

Um dia daqueles

Hoje acordei e que raio, acho que tinha os pés de fora. A verdade é que me sinto "soja", como diria uma certa pessoa. Estou aqui sentado, mas não faço nada, não sou nada, estou preso e resmungo. Porque resmungo? Por resmungar, conto os minutos até ir dormir, até me eclipsar e renascer. Sinto-me mal, melancólico, triste sem razão, com vontade de me atirar pela janela para poder sentir os meus ossos, que agora me parecem tão insípidos e dormentes. A escola está a correr, mas não me sinto interessado, o trabalho pouco menos me interessa, a vida perdeu a graça hoje, espero por um amanhã diferente... No fundo, estou a precisar é dum par de estalos, é verdade que sim, mas é assim que me sinto...

Diário de Bordo

Num canto escuro e sombrio sento-me e aconchego-me no negrume do meu ser, o frio penetra-me os sentidos e deixo de sentir-me eu. Hoje relembro-me desse tempo com carinho, talvez nessa altura eu tenha sido realmente eu, talvez por isso tenha sofrido as consequências de tal aspiração e agora que sou eu, sou frio, calmo, mas consciente de mim e assim evito sentir-me, evito sofrer, evito parte da minha felicidade possível por uma calma constante...
Viro as páginas do meu desatino e nele te vejo escondida, refugiada na tua duplicidade de sentidos e sentimentos não vividos, apenas experimentados pela única razão de tentar sentir, sem realmente o querer fazer.
Nada, agarra as tuas asas e não te deixa voar, fixa os teus passos sem te deixar andar e que podes fazer para te soltar... Nada... Não existe fuga possível, nenhum refúgio, nenhuma cidadela onde possas pernoitar em segurança, pois Nada te quer apanhar, Nada te quer prender e tu que fazes? Nada! Prendes-te ainda mais a isso que é Nada e esperas que tudo esteja ao virar da esquina.
Num embaraço desmistificante desapontas-te a ti próprio e pensas que tudo vai ficar bem, mas vez que nada o está... és irreal... és banalizante... de ti mesmo.

P.S.: Criado no dia 12 de Agosto de 2004, encontrei o txt algures no meu pc de casa :)

26 de janeiro de 2008

Notícias

Estou a jantar e ligo a televisão e que vejo SNS, SNS, SNS e mais SNS... Parece que não existe mais nada para noticiar desde o fecho dos SAPs e a escolha do Montijo, quero dizer Alcochete, para o aeroporto. Além disso parece que é uma grande novidade que as pessoas morrem neste país porque existe má coordenação INEM, Bombeiros, 112, estado e tudo mais... Digo-vos ou moram ao pé de um hospital numa zona urbana ou então as hipóteses de morrerem à porta de um são bem grandes, isto se tiverem a sorte de sequer chegar a um ainda em condições de morrer... Até me apetecia comentar os meandros e as politiquices que existem todas por trás deste tema, mas fiquei-me pelo relato de haver falta de notícias neste país e as que existem são gastas até a exaustão, não vão dizer que os Portugueses têm notícias, mas não as usam a fundo... Se empregássemos tanto empenho noutras coisas era bem mais proveitoso para nós e para o país.
Bem haja

Num ladrilho, escondido, por trás de si

Tanto por escrever, tanto por dizer. As coisas que passam ao lado de mim, conheço-as, mas não lhes dedico atenção. Mas a vida passa, o que digo morre, o que penso corre, finda-se no meu universo imaginativo. Há mais em mim que o que expresso, mais em mim que alguma vez conseguirei demonstrar ou sequer enunciar numa hipótese ou num texto descritivo. A biografia fica vazia, o texto incompleto, fica sempre algo por dizer, mas o que fica dito marca, deixa a sua garra cravada no âmago de tudo o que ouve, de tudo o que me escuta. Por isso deixo tudo escondido, à espera de quem o queira descobrir...

23 de janeiro de 2008

Preso por um fio


Preso por um fio,
neste inverno de fastio,
desatino sozinho,
à espero de um sorriso.

A luz dos teus olhos,
ilumina a minha face,
enternece o meu coração,
escondo-me, mas dás-me a mão.

E que posso eu fazer,
senão ser eu e tentar não sofrer,
tentar não reclamar,
tentar me acalmar...

O calor que me trazes,
na tua voz doce e melosa,
é mais intenso, é mais forte,
que o Sol num deserto...

Só posso esperar,
que do teu mar venha mel,
que o teu ser desvaneça o fel,
que sejamos um, que sejamos nós,
que o mundo nos deixe a sós.

Estou preso por um fio,
espero que tragas a tesoura,
que me abraces com carinho,
que me dês o teu ombro sem desafio.

Quero te dar um sorriso,
mostrar que o mundo não é nosso,
abraçar a tua alma, escutar-te a sussurar,
viver de um sorriso, na tua alma me afogar...

Comatose

Feeling nothing between my heart beat at the sound of my respiration, I resign my self to nihilism. Good guys finish last and that's a fact, why can't I be a bad person for once, why can't I be the happy one. No doubt the reason's gone, no doubt my feeling is gone. And for a little while I scratch my head bald, just for a moment I am gone. I feel myself drifting into another world, a world that will take no part in my mind. A place where I'm always drowning, a suffocating nightmare... my feeling is gone or am I just sad? Perhaps I'm just shining... maybe I'm Jack!

Ya i'm paranoid but not an android! II

Não sei se alguém se lembrará da primeira parte deste post, mas hoje relembrei-o... principalmente por ter escrito frases como: "A verdade é que o mundo, não nos deixa respirar às vezes e as pessoas parecem ter a necessidade de se magoarem umas às outras. Nunca percebi bem essa necessidade, parece que às vezes andamos aqui para não deixar os outros serem felizes..." A escolha faz-nos mal, a sua necessidade é questionável, os motivos pouco claros. As falsas dicotomias afastam-nos... "Please could stop the noise" Não consigo deixar de pensar nisto, as lágrimas escorrem, a vida finda, o meu coração morre, mas porque motivo? Será assim tão difícil deixar uma pessoa seguir com a sua vida e aproveitar a oportunidade de não a perder, será que temos de a fazer sofrer? Sinto uma raiva imensa a me invadir, frustro-me perante esta situação. Para quê? Porquê? As pessoas são humanas, mas não são humanizadas. Findo-me no minha busca do saber que nunca irei encontrar até o sentir e aí irei saber qual é a sensação... de ver alguém assim partir e quebrar...

revolto-me... resigno-me

Dou dois passos em frente para o abismo, olho para baixo vejo-te a esticar a mão. Depressa me ajoelho, estendo-te a mão tu sorris, mas não te moves. Algo te prende, não consigo ver o que é... Tento compreender, mas não percebo porque de mim foges?! Revolto-me, a minha mente estala, o meu corpo grita... Em todo o meu ser, não existe nada que me diga porque tento eu dar-te a mão? A ti, a quem a minha mão vê, mas duvida se a quer! O peso é grande, a revolta tolda-me os sentidos, sinto-me letárgico, resigno-me... Já não te salvo, prefiro atirar-me eu ao abismo a ficar preso na tua teia... olhando para o teu braço estendido que se escapa do meu...





P.S.: Criado para o blogue do zé: http://zeidoblogo.blogspot.com/2007/10/revolto-me-resigno-me.html

Sobre a morte

Quando nascemos a única certeza absoluta na vida é a morte, é o desfalecimento do corpo e o não sabermos se temos espírito ou se mesmo que tenhamos ele irá para algum lugar. Este mistério irá alimentar e destruir a alma de muita gente ao longo da existência da humanidade, como o tem feito até hoje.
Cada dia que passa é apenas mais um na longa caminhada, o futuro é incerto, mas como seres humanos que somos, apesar de sabermos o nosso fim sonhamos, rimos, choramos, tentamos viver apesar de tudo. E penso que é esta vontade de viver, apesar da certeza do fim, que nos torna o que somos, que nos faz especiais, é que mesmo sabendo que as coisas vão correr mal lutamos por algo melhor. Quando alguém parte do nosso mundo há sempre parte de nós que morre com eles, parte de nós que se torna moribunda e nos corroi, nos faz chorar, nos faz ter raiva do facto, nos faz tentar culpar alguém ou algo, apesar de sabermos que era um facto inevitável, mas esperávamos sempre que fosse mais tarde... Mas o que doí mais, é o silêncio que se cria, o vácuo em que se torna o mundo em que vivíamos. Sentimos-nos sugados a cada momento para um buraco negro e sem nos apercebermos estamos à beira do abismo, choramos, tentamos-nos erguer, mas estamos rodeados de dor e sofrimento... Só nos resta a memória do passado e olhar para o futuro por mais doloroso que seja...

P.S.: Retirado de um comentário meu no blogue http://falhadadavida.blogspot.com/2007/12/in-memorium.html
Resolvi partilhar com todos...

Explosão Radiohead no BLOGUE

Parece que o actual autor deste mui nobre e belo blogue se converteu por completo à doutrina psicótica dos meninos ingleses Radiohead e passa agora o tempo todo In Rainbows à procura da sua nuvem ou será do seu lugar neste mundo... É o desejo desta administração que ele encontre o seu lugar e pare com estes posts, queremos e exigimos variedade e melhor qualidade. Revoltem-se...

O eco do vazio escondido


O eco do vazio que se esconde em mim, que grite e pede para ser preenchido por ti. Som que se afasta, som que se aproxima, som que reclama, que exclama por um pouco mais de ti. E eu que me perco, neste mundo a céu aberto, não encontro a forma, de esconder esta onda. Não me consigo ocultar deste som que me fura os tímpanos, me deixa letárgico, me condena a ser errante no céu do teu ser. Hipnotizado sigo a minha caminhada, tento esconder a minha alma, o meu ser do mundo, não quero a pressão, não quero o tumulto de sentir tudo!

15 step


first step: you get out of bed and raise your head
second step: you brush your teeth and smell the air
third step: you walk around nude and feel the brise
fourth step: you dress yourself and eat bread
fifth step: you walk outside and make some noise
sixth step: you grab a cab and hit a nag
seventh step: you say "closest pub" and "step on it"
eight step: you wait and wait for your date
ninth step: she calls in, says she's late
tenth step: always the same story, boring tale of fate
eleventh step: boy meets girl, boy waits for girl
twelveth step: boy waits too long, falls in love
thirteenth step: boy goes away, breaks her heart
fourteenth step: boy cries for what he's done
fifteenth step: both lost there selfs to this, etcetera, etcetera

17 de janeiro de 2008

A corridinha que acaba num entroncamento

E quando corremos e chegamos a uma encruzilhada? Ficamos parados, olhamos para todos os lados, não se vê nem sombra nem luz nem ruído algum. Será seguro atravessar? Será que as nossas forças nos vão faltar a meio da estrada e ficaremos presos para sempre naquele lugar recôndito! Quem sabe? Houvera mais tempo para a decisão, houvera mais sabedoria e experiência é a minha petição... Tudo passa, tudo morre, em tudo nasce a vida que nos desmama, que nos socorre...

15 de janeiro de 2008

A corridinha que passa depressa

Corremos por tudo, corremos por nada, aceleramos em direcção ao transito que sabemos nos esperar ao fim da próxima curva, mesmo tendo a certeza de que, ao chegarmos lá, iremos esperar e desesperar, por o tempo custar tanto a passar.
P.S.: Quem não viu o Fear and Loathing in Las Vegas jamais perceberá a imagem...

9 de janeiro de 2008

Na lama


Se me quiseres conhecer
É la contigo
Se me quiseres encontrar
Vou ter prazer em vir tomar chá
Estou no lado
Estou no sítio
Mal afamado
E estou esquisito

Se me quiseres voltar a ver
É la contigo
Se me quiseres voltar a encontrar
Terei prazer em vir tomar chá
Estou no lado
Estou no sítio
Mal afamado
E estou esquisito

E é lá que eu vou estar
Até te escutar
E é lá que eu vou estar
Até te escutar
Se me quiseres recordar
É lá contigo

Se me quiseres repetir
a fazer par ou mesmo a dividir
Estou no poço
não reprimido
é bem perigoso
estou comigo

E é lá que eu vou estar
Até te escutar
E é lá que eu vou estar
Até te escutar

P.S.: Eu sei que o vídeo é mau... mas não havia mais nenhum e não ia fazer um vídeo só para a música!!! Anyway é o meu hino para os próximos tempos, acalma-me e extravasa.

Mais um post?E porque não?

Será que aí vem mais um testamento metafórico que vos deixará tão ensonados como eu estou neste momento? A resposta é: "Não!". Sinceramente nem sei sobre o que vou escrever, acho que estou a perder tempo... Devia ir dormir, mas só me apetece... Olha ainda à pouco estive a ver, finalmente, "Fear and Loathing in Las Vegas", uma comédia, que nos faz rir e estranhar. Cheguei ao fim e fiquei com vontade de ir tomar ácidos e rir-me das minhas próprias caretas ao espelho :D Não, nunca tomei ácidos, mas o filme é tão bom a mostrar as diferentes mocas que eles virtualmente apanham a todo o instante, que nos deixa intrigados com a capacidade demonstrada para ingerir ainda mais. Bem, não é propriamente um filme espectacular, mas até gostei bastante, é como o Raoul Duke diz: "too weird to live, to rare to die"... Pura boa disposição e total desrespeito por leis e civismo, anarquia a ácidos e mescalina!

Mais um dia...

E heis que começa mais um dia na minha vida, diferente, mas igual, especial, mas banal. O tempo passa e a minha cabeça lateja cada vez mais, mas que dor infernal. Não quero ir dormir, a vida em mim persiste não quero desistir, mas esta canção tão triste faz-me tão bem! Perceber a razão é o meu sentido, compreende-lo é o meu alimento, morrer de fome por este saber que avidamente me tortura é o meu vício. Mais um ano passou desde o último dia 9, passou-se tanta coisa que não cabe neste blogue, muito menos neste post. O ano passado fiz 10 cadeiras, às vezes até a mim me surpreendo, no entanto este ano é que é a doer, é agora que ou vai ou estoira! Mas a minha vida, não é só estudo, também tenho os meus amigos que continuam perto de mim, outros voltaram, uns partiram, é o ciclo da vida e de tudo o que nos rodeia. Já não somos crianças, mas que nunca em nós morra a criança que vê jibóias fechadas num simples desenho. A imaginação é o limite e o limiar que nos leva à loucura de sermos, de rirmos, de chorarmos, de torrarmos o cérebro em coisas sem nexo... Como me apetecia agora um copo de moscatel, uma troca de palavras, uma música de fundo do tipo "dá-me a tua melhor faca, para cortarmos isto em dois... e amanhã esquecer", um ambiente no qual eu poderia morrer em mim a todo o segundo, num estado de perpetua estupidez sadia... Neste momento já escrevo quase por escrever, tudo o que me vêm à cabeça é escrito, com maior ou menor velocidade. Já algum tempo que não escrevo um post que leve as pessoas a comentarem, parece que finalmente o alien chegou a Marte onde não há vida visível senão o reflexo num espelho que tiro do bolso. "Mãe eu quero morrer mãe, eu quero desnascer! Ir-me embora, sem sequer me ir embora." As frases mais simples e que parecem tão simples e triviais de se interpretarem, são as que mais me fascinam, pois quem pensa que assim são ignora o significado escondido por trás da sombra da ilusão. Fico à espera que o estuque caia do meu tecto, olho e ele não se mexe ou serei eu que estou parado nesta visão, os meus olhos congelaram e a imagem não se altera.
Há um ano o meu coração estava vazio, hoje está pesado, será que está cheio? Sou uma pessoa confusa, mas aprendo e redefino o meu dom da paciência, às vezes paranóico, mas outras vezes completamente sóbrio. Este talvez seja o post mais estranho que tenha escrito, provavelmente quando reler, vou ficar abismado com a quantidade de barbaridades eloquentes que sou capaz de vociferar por linha de texto corrido. Retiro-me deste prazer, renego-me ao meu demente leito, a vida não é minha, mas o tempo é o que eu faço dele. "Eu queria tanto parar aqui!" Vou parar, olhar-te a fundo, beber-te, saborear cada gota de ti que cai em mim... Ler cada frase que escreves com o teu olhar, declamar cada poema que o teu sorriso imprime no meu imaginário. "Mostra o teu jogo, eu pago para ver..." Escondemos-nos uns dos outros, jogamos jogos, deixamos de fazer algo porque racionalizamos, mas somos apenas humanos, imperfeitos, loucos perdidos neste asilo sem médico à vista, nem cura, quanto mais doença. Acho este discurso de um teor pseudo-intelectual que me aborrece, uma verdadeira conspurcação do meu blogue, mas como ninguém comenta mesmo, que se lixe! Escrevo o que me apetece, digo as minhas baboseiras, mais vale escreve-las que as impingir às pessoas que não têm a culpa da minha psicose profunda. Talvez um dia escreva algo com nexo, por agora fico-me pela minha dislexia cerebral que tanto gosto e aprecio. Alguém se arrisca a comentar e a dizer algo com jeito? Duvido...

P.S.: Quero agradecer aos Linda Martini pela música que me inspirou ao longo de todo este post...

3 de janeiro de 2008

Ano novo

Pois é parece que já passa de dia 31 de Dezembro do ano de 2007 e entramos no meu mês de sorte e azar como sempre, ou seja, cá vem Janeiro! Costuma-se dizer:"ano novo, vida nova", mas ao que parece a minha vida vai passar pelo mesmo de sempre... IST, IsT e mais isT! Parece que nunca mais me vejo livre desta amarra... Neste novo ano o meu único desejo é continuar a ser feliz e se possível, e só mesmo se possível, ser ainda mais! Sim, porque apesar de tudo, das contrariedades, dos sapos engolidos, do tempo perdido, de sofrer, de perder, penso que sou feliz :) ou pelo menos há que tentar o ser! Podia ter tomado a primeira banhoca do ano na praia, mas estava um pouco frio, optei por mais um copo de Moscatel, uma gargalhada e um suspiro daqueles. Acho que nesta vida curta devemos saborear estes momentos e pensarmos que são únicos e que se não os vivermos ao máximo estamos a falhar-nos a nós próprios e a todas as pessoas que gostam e acreditam em nós. Por isso, vamos lá então dar um pontapé na crise, como diz o outro: "CIMA PACHECO!!!"

P.S.: Não, não estou bêbado, mas acho que estou drogado no meu próprio pensamento :)