3 de setembro de 2007

Diarreia Mental


Sento-me e atormento-me ao pensar e ao sentir-me perdido no universo imenso.
Vivo submerso no afastamento da vida, na análise da morte no contemplar, que não vivemos, que apenas morremos, que na vida pouco há mais que morrer.
Nefasto, nevrálgico o meu corpo frágil ecoa toda a minha solidão, todo o meu ser que morre sem saber para onde vai, nem o que aqui faz.
Decadente bebo mais um copo de vinho sinto cada golo, cada gota que caí na minha garganta... como é bom a tormenta, o desespero faz-me quebrar o gelo e concretizar um pouco mais a noção da vida, da morte, do pensamento que o é e o deixa de ser no mesmo momento.
O tédio, a inocuidade da minha vida, ou será da minha morte? Mas na verdade não penseis vós que vejo na morte uma meta a atingir, como se duma corrida de velocidade falasse... Jamais o poderia fazer, tal seria um acto de cobardia que nem mesmo eu seria capaz de cometer!
Sento-me e desvaneço, o meu corpo jaz imóvel, mas eu não estou lá. Rodopio por entre cortinas de fumo, danças de fogo, perco-me por entre a selva de luzes, não me consigo encontrar, afundo-me...
Tudo isto que sinto não é nada, é apenas mais um pouco de mim, apenas uma parte das milhares que eu sou e que reagem a milhões de sensações captadas pelo os meus cinco sentidos... no fundo resigno-me e deixo-me acolher no leito da maldita...
Por fim meu corpo cede, minha mente descansa e eu pernoito...

1 comentário:

J. disse...

My heart feels your pain.

yours truly,