23 de setembro de 2007

Homem vs Religioso

Falo-vos agora de um tema polémico, pode se dizer que seja tabu ou que lhe queiram chamar. A verdade é que hoje em dia ser religioso é tabu, ser cristão, judeu, islâmico, significa ser se um idiota aos olhos da sociedade, pois acreditar em coisas que nunca se viu... oh meu amigo, tenha dó!
Não bastando vivermos numa comunidade científica onde dizer que Deus criou o mundo em 7 dias ou descendemos todos de Adão e Eva é motivo de riso, ainda existe todo o peso dos erros do passado associados à Igreja Católica e agora o terrorismo associado aos Islâmicos.
No meu ver tudo vem do conceito homem vs religioso, passando a explicar: a nossa primeira essência é a de um homem, nascemos ser humanos, depois tornamos-nos, ou não, religiosos. Sinto que a nossa primeira análise ao conceito religioso, deve passar por esta separação que me parece clara, assim formalizo que um homem ao incumbir a religião na sua vida se torna num homem + religião, que poderemos chamar de religioso, mas que nunca devemos esquecer como foi formado. Com isto quero exacerbar o facto de quando alguém diz eu sou religioso no meu ponto de visto, está a retirar a conotação de homem ou mulher, da sua vida remetendo-se ao fanatismo hipócrita que tanto vemos hoje em dia.
Vou falar mais da Igreja Católica por motivos óbvios, mas o que vejo é que certos elementos desta congregação são demasiado fanáticos para os tempos em que vivemos e pensam que isto ainda o mesmo que à 2000 anos atrás ou qualquer coisa parecida. Significando que tentam convencer as criancinhas que passam não sei quantas horas à frente da televisão que somos todos filhos de um só homem e uma só mulher! Esquecem-se que a Bíblia é um livro escrito por homens, para os homens de à 2000 anos! Também se esquecem do facto de que na Bíblia apenas existem 4 evangelhos, mas que na realidade apenas foram aprovados 4 dos demais que foram escritos na altura. Nem vou entrar por este ponto de verdades escondidas e mentiras reveladas, porque o que não falta é espaço para especular.
A Igreja é feita de homens e como tal, está sujeita a todos os defeitos do homem, mas as pessoas pensam que só porque esses mesmos homens estão associados à Igreja, que estes são especiais, perfeitos quase, que não falham como todos os outros. A verdade é que falham e muitas vezes até são bem piores que os demais, a única coisa que os separa é o arrependimento para com uma entidade superior reconhecida por eles. Para a sociedade isto não basta e com razão, dando vida à minha preposição de sermos primeiro homens, depois religiosos. Os religiosos puros são fanáticos, a meu ver, por diversas razões, primeiro, porque todos os ensinamentos são tomados como leis, dogmas, segundo, porque vivem para a religião como se tratasse de um status na sociedade, terceiro, esquecem as pessoas que estão à sua volta em nome de Deus, quando é exactamente ao contrário que deveria acontecer! Disse apenas 3, mas poderia dizer muitos mais...
Agora vamos analisar o que leva alguém à religião ou pelo menos tentar. Nascemos homens e morremos homens, mas algures pelo caminho sentimos a necessidade de colocar as perguntas "o que faço eu aqui?", "quando morrer para onde vou?", "serei só carne ou serei algo mais além?" e nesta busca ou nas manifestações do dia-a-dia surge a religião respondendo a estas perguntas e dando-lhes sentido. É claro que acreditar na resposta é uma questão de fé, de acreditar, de ver mais além daquilo que somos, mas mesmo com fé as dúvidas surgem e as respostas parecem-nos vazias. Quando acontece algo de bom foi milagre, quando ouve um sismo que mata milhares, foi uma prova de Deus... soa ridículo, mas é assim que muitas vezes as coisas são encaradas, daí a fé ser uma coisa difícil de compreender e de controlar, o homem é capaz de cometer os feitos mais heróicos e louváveis em seu nome, tal como os feitos mais desprezáveis e inumanos.
Depois olhamos à nossa volta e começamos a contar o número de religiões e sub-divisões que conhecemos: Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Catolicismo Apostólico, Protestante e Ortodoxo, Judaísmo e sei lá mais... a pergunta surge, mas afinal quantos deuses existem? Qual será o Deus certo? Será isto realmente real? A meu ver não existe tal coisa como o Deus certo, para mim existem conceitos e moralismos religiosos, que foram criados por homens em nome de um Deus. Se reparamos Deus falou sempre a um homem e nunca a vários homens ao mesmo tempo, por isso surge aqui outro dilema, temos dois ramos ou duas possibilidades, acreditamos no homem ou não acreditamos, a partir deste ponto passamos a acreditar em Deus também, mas depois surge outro homem que supostamente Deus também lhe falou e agora? Acreditamos nele, ou desconfiamos porque não foi a ele que o Deus em quem nós acreditamos falou primeiro, será que este homem está a falar a verdade ou apenas a tentar-nos subverter à sua vontade da maneira mais hipócrita possível. Assim vos digo desconfiem dos homens, subvertam a vida à vossa vontade e se acreditam numa entidade superior, estejam constantemente às "turras" com ela, não se deixem levar pela rotina e nunca se resignem às opiniões dos outros.
Quanto ao satanismo, só tenho uma coisa a dizer... algo que surge para ser o oposto de outra e que os seus fundamentos se concretizam em negar o que os outros dizem, tem pouco sentido e é vazio...
Duvido que algum Deus mande o Dalai Lama para o inferno, por isso o que conta é como vivemos a vida... tenho dito!

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