
Não bastando vivermos numa comunidade científica onde dizer que Deus criou o mundo em 7 dias ou descendemos todos de Adão e Eva é motivo de riso, ainda existe todo o peso dos erros do passado associados à Igreja Católica e agora o terrorismo associado aos Islâmicos.
No meu ver tudo vem do conceito homem vs religioso, passando a explicar: a nossa primeira essência é a de um homem, nascemos ser humanos, depois tornamos-nos, ou não, religiosos. Sinto que a nossa primeira análise ao conceito religioso, deve passar por esta separação que me parece clara, assim formalizo que um homem ao incumbir a religião na sua vida se torna num homem + religião, que poderemos chamar de religioso, mas que nunca devemos esquecer como foi formado. Com isto quero exacerbar o facto de quando alguém diz eu sou religioso no meu ponto de visto, está a retirar a conotação de homem ou mulher, da sua vida remetendo-se ao fanatismo hipócrita que tanto vemos hoje em dia.
Vou falar mais da Igreja Católica por motivos óbvios, mas o que vejo é que certos elementos desta congregação são demasiado fanáticos para os tempos em que vivemos e pensam que isto ainda o mesmo que à 2000 anos atrás ou qualquer coisa parecida. Significando que tentam convencer as criancinhas que passam não sei quantas horas à frente da televisão que somos todos filhos de um só homem e uma só mulher! Esquecem-se que a Bíblia é um livro escrito por homens, para os homens de à 2000 anos! Também se esquecem do facto de que na Bíblia apenas existem 4 evangelhos, mas que na realidade apenas foram aprovados 4 dos demais que foram escritos na altura. Nem vou entrar por este ponto de verdades escondidas e mentiras reveladas, porque o que não falta é espaço para especular.
A Igreja é feita de homens e como tal, está sujeita a todos os defeitos do homem, mas as pessoas pensam que só porque esses mesmos homens estão associados à Igreja, que estes são especiais, perfeitos quase, que não falham como todos os outros. A verdade é que falham e muitas vezes até são bem piores que os demais, a única coisa que os separa é o arrependimento para com uma entidade superior reconhecida por eles. Para a sociedade isto não basta e com razão, dando vida à minha preposição de sermos primeiro homens, depois religiosos. Os religiosos puros são fanáticos, a meu ver, por diversas razões, primeiro, porque todos os ensinamentos são tomados como leis, dogmas, segundo, porque vivem para a religião como se tratasse de um status na sociedade, terceiro, esquecem as pessoas que estão à sua volta em nome de Deus, quando é exactamente ao contrário que deveria acontecer! Disse apenas 3, mas poderia dizer muitos mais...
Agora vamos analisar o que leva alguém à religião ou pelo menos tentar. Nascemos homens e morremos homens, mas algures pelo caminho sentimos a necessidade de colocar as perguntas "o que faço eu aqui?", "quando morrer para onde vou?", "serei só carne ou serei algo mais além?" e nesta busca ou nas manifestações do dia-a-dia surge a religião respondendo a estas perguntas e dando-lhes sentido. É claro que acreditar na resposta é uma questão de fé, de acreditar, de ver mais além daquilo que somos, mas mesmo com fé as dúvidas surgem e as respostas parecem-nos vazias. Quando acontece algo de bom foi milagre, quando ouve um sismo que mata milhares, foi uma prova de Deus... soa ridículo, mas é assim que muitas vezes as coisas são encaradas, daí a fé ser uma coisa difícil de compreender e de controlar, o homem é capaz de cometer os feitos mais heróicos e louváveis em seu nome, tal como os feitos mais desprezáveis e inumanos.
Depois olhamos à nossa volta e começamos a contar o número de religiões e sub-divisões que conhecemos: Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Catolicismo Apostólico, Protestante e Ortodoxo, Judaísmo e sei lá mais... a pergunta surge, mas afinal quantos deuses existem? Qual será o Deus certo? Será isto realmente real? A meu ver não existe tal coisa como o Deus certo, para mim existem conceitos e moralismos religiosos, que foram criados por homens em nome de um Deus. Se reparamos Deus falou sempre a um homem e nunca a vários homens ao mesmo tempo, por isso surge aqui outro dilema, temos dois ramos ou duas possibilidades, acreditamos no homem ou não acreditamos, a partir deste ponto passamos a acreditar em Deus também, mas depois surge outro homem que supostamente Deus também lhe falou e agora? Acreditamos nele, ou desconfiamos porque não foi a ele que o Deus em quem nós acreditamos falou primeiro, será que este homem está a falar a verdade ou apenas a tentar-nos subverter à sua vontade da maneira mais hipócrita possível. Assim vos digo desconfiem dos homens, subvertam a vida à vossa vontade e se acreditam numa entidade superior, estejam constantemente às "turras" com ela, não se deixem levar pela rotina e nunca se resignem às opiniões dos outros.
Quanto ao satanismo, só tenho uma coisa a dizer... algo que surge para ser o oposto de outra e que os seus fundamentos se concretizam em negar o que os outros dizem, tem pouco sentido e é vazio...
Duvido que algum Deus mande o Dalai Lama para o inferno, por isso o que conta é como vivemos a vida... tenho dito!
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